E se comer puder ser divertido também?
Adulto é um bicho CHATO, mesmo! Tá sempre cansado, dando bronca, estressado, no celular ou trabalhando. E sempre, sempre, empatando nossas brincadeiras! Um SACO!
É só a brincadeira engatar e ficar divertida, que parece que eles adivinham e saem gritando: “Filho, hora da tarefa!” ou, o que é pior: “Filho, vem almoçar!”. E aí a gente tem que parar tudo pra ficar ouvindo BRONCA e reclamação: “Senta direito, menino!”; “Vê se come a salada!” ; “Pára de brincar com a comida e COME de uma vez!”
Eu, sinceramente, acho que nós, CRIANÇAS, deveríamos nos unir pra explicar umas coisinhas pra eles. A gente precisa fazer com que entendam que nosso trabalho é a brincadeira, caramba! É brincando que fazemos coisas sérias como aprender a nos relacionar com os outros, aprender a usar a criatividade (que eu sei que vamos precisar pra inventar novos trabalhos ou consertar a natureza que eles estão destruindo?), aprender a fazer trabalhos (ou eles acham que é por acaso que brincamos de policial, médico, ou de youtuber??) e muitas outras coisas.
E outra: se eles acham que a gente vai ter vontade de experimentar aqueles brócolis xexelentos ? ou aquelas maçarocas estranhas que a minha mãe faz (desculpa aí, eu sei que não é por mal, mas tem umas coisas estranhas pra caramba que vem parar no meu prato!) assim, à seco, só na base da bronca, estão muito enganados! Até porque a gente já sabe como funciona: eles BRIGAM, enchem nosso saco, mas na hora que a gente bate o pé, sempre acabam trocando por um leitinho com achocolatado ou nuggets e batata sorriso. Não espalha, mas se eles soubessem que com brincadeira e BOM HUMOR somos capazes de comer até quinua com vagem e abobrinha refogada… vixe, acho até que minha barriguinha, que os moleques na escola tanto zoam, já tinha virado um tanquinho (expressão estranha, aliás, porque os tanquinhos de guerra que eu tenho no meu quarto não se parecem em nada com a barriga do Thor, mas deixa pra lá…). Afff, a gente precisa ensinar tudo pra esses adultos, viu?!
Ass.: Um futuro adulto anônimo
Foto: Cadu Rolim