Comparação
Como pode a gente criar dois seres humanos de uma forma tão semelhante, mas ter um resultado final tão diferente? ?
Tudo interfere: ordem do nascimento, sexo, diferença de idade, histórico de experiências, biologia, momento histórico… A verdade é que cada um tem a sua personalidade, por isso a forma de interagir com eles também precisa ser adaptada de criança pra criança. E isso, pensando da perspectiva da EDUCAÇÃO DO PALADAR, tem que ser levado em conta na hora de trabalhar a aceitação dos alimentos. Não é porque o filho mais velho ama vegetais e você nunca teve que estimulá-lo pra isso, que o caçula tem que ter o mesmo tratamento. Talvez com ele seja interessante uma abordagem mais lúdica, que não foi necessária com o primeiro. Talvez um você precise estimular para que coma e o outro, para que pare de comer.
Cada ser humano é de um jeito, e comparar nunca é uma boa saída. Falar pro Joãozinho que ele deveria comer bem como o irmão não vai fazer bem nem pro irmão, nem pro Joãozinho. A COMPARAÇÃO atrapalha muito a relação entre eles (e, vamos combinar, relação entre irmãos já é complicada por natureza; acho desnecessário nossa ajuda pra piorá-la, certo?!), atrapalha a formação da identidade e autoestima, a relação com o adulto e ainda tende a aprofundar as aversões e dificuldades alimentares.
Olhar cada filho respeitando sua própria essência faz toda a diferença na formação de pessoas mais seguras, felizes e com apetite pela vida e por novos sabores! ❤